segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Uma gloriosa reforma. (H)incha!


Há pouco mais de um ano atrás, andei durante quase um mês a seguir a novela das oito, das nove, das dez... em boa verdade seguia todas as novelas. Falo claro das novelas criadas em torno da contratação de Pablo Aimar pelo nosso Benfica!

Recordo-me que durou cerca de um mês, talvez um pouco mais, com trocas de cartas que a comunicação social publicitou, telefonemas diários entre Lisboa e Buenos Aires, e aviões particulares a aterrar em Tires. Devo dizer que a segui com dupla admiração, descrença e muito entusiamo. É contraditório, mas passo a explicar: Primeiro, a dupla admiração. Não acreditava que um clube da Liga Sagres tivesse poderio financeiro nem conseguisse atrair a este campeonato um jogador de craveira mundial como El Mago. Fiquei admirado com, na altura, a tentativa feita pelo Benfica. Segundo, mais admirado fiquei quando o avião aterrou e lá de dentro saiu Rui Costa acompanhado de Pablo Aimar. O Benfica tinha conseguido aquilo que muitos não acreditavam, alguns criticavam e muitos gozavam. A descrença veio pelo tempo que durou a novela, estes negócios (ao que se julga saber) resultam melhor quando são rápidos (como foi o caso de Saviola - outra estrela - pois quando El Conejo foi anunciado ninguém sonhava sequer com essa possibilidade), e o arrastar da novela levou-me a pensar que o navio não chegaria a bom porto. Entusiamo, porque uma equipa com Aimar tem tudo para ser do outro mundo.

Pablo Aimar é um jogador que sempre admirei, desde os tempos do Valência que gostava da forma dele jogar, com passes, fintas e jogadas fabulosas. Lembro-me que o Valência era à altura, uma das melhores equipas de Espanha e da Europa e muito desse valor era devido à presença de Pablo no seu onze.

Durante o ano passado, ouvia os adeptos da bola (alguns do meu clube e ainda por cima no nosso estádio) a criticarem este jogador. Era velho, estava acabado, tinha vindo passar uma gloriosa reforma a Lisboa. Logo Rui Costa se apressou a defênde-lo, dizendo que o Benfica tinha contratado Aimar por 3 anos e não por 3 meses.

Para já, e digo para já porque acredito que se as lesões não o voltarem a apoquentar terá ainda muito a dar ao clube, Aimar na época passada ficou para sempre ligado à história do Benfica, ao fazer com uma rabona a assistência a Suazo na jogada que terminou com o golo 5000 do Benfica.

Actualmente, Aimar é parte fulcral da equipa do nosso Benfica, e, mesmo sabendo que alguns dos meus colegas blogueiros não partilham a mesma opinião, é para mim o melhor jogador a actuar em Portugal.

Esta semana, aquele a quem agora apelidam de El Dios, antes El Linhas e antes ainda somente El Pibe, veio a público dizer que quando observou o Benfica na Luz, comentou com os seus adjuntos: Tenho uma fraqueza, é ele (referindo-se a Pablo), e quando estiver recuperado vou voltar a convocá-lo!

Pois é Maradona. Tens tu e tenho eu (o que aliado ao facto de chutarmos ambos melhor com o pé esquerdo, faz com que sejam provavelmente as únicas duas coisas que temos em comum), gostamos de grandes jogadores e Pablo Aimar é sem dúvida um GRANDE jogador.

Por isso, aqueles que passaram o ano passado todo a dizer mal, mais aqueles que continuam cegos à qualidade de Aimar, passando por aqueles que agora dizem que ele cai muito. Só tenho uma coisa a dizer: - Agora (h)incha!

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